terça-feira, 5 de agosto de 2008

RESERVAS ARQUEOLÓGICAS

RESERVAS ARQUEOLÓGICAS DATAÇÕES: Várias são as técnicas empregadas para se saber a idade de Sítio Arqueológico.São todas complexas e delicadas, dando sempre uma idade aproximada. Além de interpretação das camadas estratigráficas, as mais usadas são: a termoluminescência, que afere Os elétrons de um objeto aquecido. Mais comumente usada em cerâmica e argilas queimadas.Já as datações Radiocarbônicas, medem as variações residuais emitidas pelas partículas do Carbono 14, elemento encontrado em carvões e nos seres vivos. ARTEFATOS LÍTICOS: O homem pré-histórico fazia uso de instrumentos confeccionados em diferentes matérias primas: ossos, madeiras, etc, mas os feitos em rochas por serem mais resistentes, são mais facilmente encontrados. São os chamados instrumentos líticos: machadosRaspadores, pontas de flechas, etc. Esse período é dividido em Paleolítico e Neolítico, popularmente conhecidos como: pedra lascada e pedra polida. CERÂMICA: O uso da cerâmica é uma das mais recentes descobertas tecnológicas empregadas pelo homem pré-histórico. Era utilizada no cotidiano para cozinhar alimentos,Acondicionar grãos ou líquidos ou ainda, como urnas funerárias no enterramento dos mortos.Geralmente sua origem é tida como desdobramento da atividade agrícola, pior facilitar a conserva e preparo dos alimentos. Mas isto é questionado pois, não raro, uma ou outra sociedade produzia cerâmica antes mesmo do advento da agricultura. A teoria do big ban (entre 13 e 20 bilhões de anos atrás) foi enunciada em 1948 por George gamow, cientista russo naturalizado norte-americano. ORDOVICIANO: ( 500 á 435) surgem invertebrados, conodontes, peixes primitivos e algas. Formação da terra, resfriamento da Crosta terrestre. Período pré-cambriano: 4,6 bilhões á 600 milhões de anos atrás. CAMBRIANO: (600 Á 500 MILHÕES DE ANOS ATRÁS) quando surgem os principais grupos do reino animal. ERA PALEOZÓICA SILURIANO: (435 á 395) derretimento das calotas polares, aumento do nível dos oceanos,Aparecimento de recifes de corais e peixes com mandíbulas. DEVONIANO: (395 á 345) surgimento das plantas com sementes, peixes encouraçados e ósseos. CARBONÍFERO: (345 á 280) grandes jazidas de carvão. PERMICO: (280 Á 230) extinção de vários grupos, marinhos: os invertebrados, terrestre: diapsídeos e sinapsídeos. ERA MESOZÓICA TRIÁSSICO: (230 á 193) surgimento dos dinossauros, pequenos mamíferos e árvores de grande porte (coníferas) JURÁSSICO: (194 Á 140) dominação dos dinossauros carnívoros, herbívoros adaptados, nos oceanos, grandes répteis e tubarões, e as árvores coníferas se tornam mais abundantes. CRETÁCEO: (140 á 65) começa a separação dos continentes, o que contribui para a diversidade de espécies, e também é quando ocorre a queda do meteoro que exterminou os dinossauros da face da TERRA. ERA CENOZÓICA PALEOCENO: (65 á 60) as aves aumentam de tamanho, os mamíferos se proliferam rapidamente e predomina o clima tropical. EOCENO: (60 Á 35) diversificação dos mamíferos, habitação em todo o planetaOrigem dos ancestrais dos animais atuais. OLIGOCENO: (35 Á 25) aumenta o tamanho e tamanho dos mamíferos, começam a aparecer campos e pradarias. MIOCENO: (25 á 13) marca a expansão dos campos e cerrados, gerando novas competições e extinções de espécies animais e vegetais, mas cerca de 75% das espécies sobreviveram, sendo que algumas sofreram adaptações. PLIOCENO: (13 Á 2)diversificação nos campos e savanas, eras glaciais. Acumulação de gelo nos pólos, que conduziram a exterminação de muitas espécies. O clima muda de tropical para frio, porém 75% das plantas ainda se proliferam até os dias de hoje. ERA ANTROPOZÓICA PLEISTOCENO: (2 Á 100000) presença de mamíferos de grande porte, pássaros gigantes, mamutes, mastodontes, búfalos, tigres dentes-de-sabre,…, a mais recente glaciação, surgimento e expansão do homo sapiens. HOLOCENO: (100000 até hoje) pequenas mudanças no clima, a influência do homem no meio ambiente, tecnologia… “A arqueologia é freqüentemente associada a busca de objetos valiosos ou mesmo á aventura. Não obstante, ela é talvez um dos ramos mais ambiciosos das ciências, pois visa compreender, a partir dos vestígios materiais, sistemas e processos sócio-culturais do passado. Assim, qualquer perturbação deste registro pela ação do homem ou fatores naturais, representa uma séria Ameaça aos bens culturais a nós legados por gerações passadas e compromete seriamente a interpretação do arqueólogo.” “Em um momento histórico, no qual a sociedade brasileira está tentando consolidar a sua identidade, o conhecimento da diversidade e riqueza cultural das populações humanas não européias, que viveram em tempos mais remotos neste território, permite corrigir uma série de estereótipos que foram construídos desde o Brasil colônia para justificar a sua exploração como mão-de-obra ou a ocupação de suas terras”. “As pesquisas arqueológicas no vasto território brasileiro, sobretudo na Amazônia, já revelam que estas sociedades pré-coloniais anteriores a conquista se distinguem de forma significativa das populações indígenas atuais, devido ao longo contato com nossa sociedade. Devido a posição geográfica de Mato Grosso onde convergem influências amazônicas e chaquenhas, o conhecimento de seu patrimônio arqueológico desempenha um papel importante para a pré-história brasileira e mesmo sul americana.” “Não existem no Brasil evidências de construção monumentais como aquelas da Mesoamérica ou da área Andina. No entanto, as pinturas e gravuras nas paredes dos abrigos nos informam sobre a criatividade artística e o senso estético destas populações do passado, os seus artefatos de pedra lascada sobre domínio de uma tecnologia hoje praticamente esquecida e que durante pelo menos 11.000 anos representou um instrumental eficaz na manutenção e reprodução de suas sociedades. As grandes aldeias que aparecem ao redor do século VIII da nossa era indicam que essas comunidades eram populosas e que a base de sua subsistência se baseou em grande parte na agricultura, sendo apenas complementada pela caça, pesca e coleta.” “A maioria destes grupos de agricultores pré-coloniais dominavam a tecnologia cerâmica , o que permitiu não apenas uma transformação mais eficaz dos alimentos, mas expressa também por elementos decorativos, aspectos dos seus sistemas sociais e ideacionais. As grandes aldeias circundadas por valetas na área xinguana e a ocupação de alguns dos topos de elevados morros testemunhos, anteriores á Conquista, evidenciam padrões de guerra, enquanto o material intrusivo, especialmente encontrados nas aldeias maiores, atestam amplas redes de comércio que podem ultrapassar centenas de quilômetros. Por outro lado, a ocupação efetiva do pantanal, por exemplo, por meio de aterros artificialmente construídos, testemunha uma admirável capacidade de adaptação a um ambiente hostil, mas que oferece recursos naturais exuberantes.” “Os padrões de enterramento das populações pré-coloniais de Mato Grosso, apresentam uma diversidade significativa que abrangem desde sepultamentos simples em covas, sepultamentos em urnas, até a cremação, o que remete a elaborados sistemas cerimoniais e religiosos.”

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